Campanha da Fraternidade conta com equipes de preparação e animação
- jefersonbueno2
- 28 de jan. de 2020
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O texto-base da Campanha da Fraternidade (CF) aponta as equipes regionais, diocesanas e paroquiais como estruturas constituídas para a animação deste momento de reflexão, estudo e ações práticas de conversão e mudança de realidades. Estes grupos têm algumas competências e atividades que podem ser realizadas antes, durante e depois da campanha, que ocorre no período da Quaresma.
A equipe regional da CF estimula a formação, o assessoramento e a articulação das equipes diocesanas. Ela também deve planejar a CF em âmbito regional, definindo como e o que organizar, quem envolver, que calendário seguir, onde e como atuar.
Antes da campanha, pode realizar o encontro regional para o estudo do texto-base, definir atividades a serem assumidas, verificar a possibilidade da produção de subsídios adaptados à realidade local, possibilitar a troca de informações e o ree de subsídios produzidos. Também pode constituir equipes ou indicar pessoas para prestar assessorias.
No regional Nordeste 5 da CNBB, que corresponde ao estado do Maranhão, todos os anos a equipe coordenada pela secretária executiva, Martha Bispo, oferece uma cartilha adaptada à realidade das dioceses. Neste ano, o material propõe encontros sobre o que é Política Pública, com incentivo à participação nos processos municipais e estadual, além de propor a meditação da Via-Sacra.
Campanha da Fraternidade 2019: Fraternidade e Políticas Públicas Serás libertado pelo direito e pela justiça (Is 1, 27)
Outro aspecto da adaptação à realidade é a sintonia com a Romaria da Terra e das Águas, cuja temática refere-se à Política de Águas. As dioceses maranhenses estão envolvidas neste processo da romaria desde o dia 8 de maio de 2018. Neste ano, no contexto da CF, será realizado um seminário sobre o tema, de 15 a 17 de março, e em setembro acontece a caminhada propriamente dita.
O regional Sul 4 da CNBB iniciou a articulação ainda em outubro de 2018. Na ocasião, um seminário reuniu lideranças das pastorais sociais, movimentos eclesiais, sociais, coordenações diocesanas de pastoral, representantes de Conselhos de Políticas Públicas municipais e estadual e pessoas que atuam na luta e defesa de políticas públicas no Centro de Formação Católica da diocese de Lages (SC).
Ações durante a campanha
As equipes de articulação e animação da CF também têm ações que podem ser desenvolvidas no decorrer da Campanha. Em âmbito regional, é importante descobrir formas de estar em permanente contato com as equipes diocesanas para animação e intercâmbio de experiências positivas, além do acompanhamento das atividades.
Já a equipe diocesana, deve estimular a formação, assessorar e articular as equipes paroquiais, além de planejar em nível diocesano as atividades. Antes disso, deve encomendar os subsídios, programar a realização do encontro para estudo do texto-base, definir atividades comuns nas paróquias, entre outras possibilidades. Durante a CF, a missão é acompanhar o andamento em constante contato com as paróquias.
Encontro lotou salão da cúria de Curitiba | Foto: Arquidiocese de Curitiba/Bárbara Morais
Em Curitiba (PR), um encontro teve ampla participação no dia 29 de janeiro, reunindo mais de 200 pessoas para estudo do texto-base da CF. A proposta, de acordo com divulgação da arquidiocese de Curitiba, era reunir a equipe e assessores locais da Campanha da Fraternidade de 2019 para uma manhã de estudo sobre o texto-base e serviu também como uma “capacitação para multiplicadores”.
Os participantes foram incentivados a fomentar uma leitura ampla do tema em suas paróquias, comunidades, movimentos eclesiais e pastorais, sempre à luz da dinâmica quaresmal de conversão e reconciliação. “Foi momento de capacitação para que as lideranças assumam desde já esse chamado para viver plenamente a política como forma de superar a miséria, a violência e a alienação política e religiosa, como diz o texto-base”, afirmou o coordenador local da Campanha da Fraternidade, João Santiago.
Na ocasião, o bispo auxiliar de Curitiba dom Francisco Cota de Oliveira, referencial para a dimensão social na arquidiocese, ressaltou a importância de ter iniciado esta motivação em prol dos objetivos da CF.
Dom Francisco Cota | Foto: Arquidiocese de Curitiba/Bárbara Morais“Pudemos mostrar as chamadas portas de o por onde incidem as políticas públicas, apontando que há uma lacuna na atuação dos serviços públicos, onde sociedade civil precisa atuar mais”, comentou.
Ele explicou que para trabalhar o tema ‘políticas públicas’, foi levado em consideração como elas se relacionam com a dignidade da pessoa e com o bem comum. “Precisamos trazer a preocupação com as ações do dia a dia para assegurar os direitos fundamentais que em muitos casos são violados e vislumbrar o bem para as futuras gerações”, explicou dom Francisco.
Articulação paroquial
Chegando às bases, nas paróquias, a CF acontece nas famílias, nos grupos e nas comunidades eclesiais, articulados pela paróquia. “Como em relação a outras atividades pastorais, o papel do pároco ou da equipe presbiteral é preponderante Tudo anda melhor quando ele estimula, incentiva, articula e organiza a ação pastoral”, sugere o texto-base.
CNBB
